sábado, 11 de julho de 2015

Problemas

Todo mundo tem problemas. Sempre considerei meus problemas insignificantes e resolvia deixar pra lá. Escondia-o no fundo de meu peito para que ninguem pudesse ver que eu chamava aquela bobagem de problema. Me dizem que não é correto comparar os problemas que tenho com o dos outros, mas pra mim é inevitável... Sou um grão de areia na praia que é o universo, com tanta gente com complicações maiores que as minhas, eu vou me preocupar com um celular quebrado? Com o medo de enfrentar meus amigos depois de passar vergonha na frente deles? De ter ficado de recuperação no colégio? Quanta bobagem! Besteira!
Em algum lugar no fundo da minha cabeça eu tenho a consiencia de que vou conseguir superar tudo isso, e que esses problemas vão se juntar à  minha memória de levar um gol de frango no grupo 7...mas o meu principal pensamento é que esse problema vai se alastrar e eu não terei a capacidade de resolvê-lo, por mais simples que seja.
Uma frase que vi no tumblr uma vez me volta a cabeça várias e várias vezes "Não me deixe sozinha com meus pensamentos...". É triste, mas me identifico na maioria das vezes com ela. Meus pensamentos se tornam destrutivos a medida que vou conhecendo o meu problema atual e as pessoas que ja o tiveram... somando isso a minha capacidade de não acreditar em mim mesma...está criado mais um monstro que não me deixa dormir, e me leva a escrever textos para este blog de desabafo às duas da manhã de um domingo.
Normalmente, só consigo dormir quando me convenço de que já aconteceu, e que não há nada que possa fazer para mudar a realidade, a não ser enfrentar o problema a minha frente. Nem sempre dá certo... e nessas situações só há uma coisa a fazer: ler.

sábado, 4 de julho de 2015

Intertextualidade

Depressiva..... reflexiva. Não sei... ainda não encontrei a palavra certa pra me definir a cada vez que saio de um transe de sete horas. Presa no mundo perfeito onde todas as ações são bem planejadas e culminam para um final feliz. Mais utópico que isso só um Harry Potter da vida. 
O fato é que a cada vez que entro no mundo de um romance não consigo pensar em outra coisa até ler a ultima palavra dos agradecimentos do autor. E passo as ultimas quatro horas que deveriam ser de sono pensando no que aconteceu... nos erros cometidos pelos protagonistas, em como aquela personagem secundária chegou lacrando mesmo que faltassem apenas quarenta paginas para o final dramático, em como a escrita causou tanto impacto que foi possível perceber a diferença de comportamento desde a primeira pagina do primeiro livro até o final do que acabei de ler. 
É nesses momentos que emendo a história do livro com a minha vida... analiso os fatos que mais parecem ter sido filmados do meu dia a dia e colocados ali e eu estava passando por tudo de novo... mas também paro pra pensar que talvez seria melhor não ter feito aquela merda do mês passado que me levou a situação que estou agora. E tem a pior parte... quando percebo que a personagem está passando por conflitos que terei que passar daqui alguns meses e estremeço com medo de dar tudo errado... de eu não conseguir como ela conseguiu. 
Não sei qual será o meu destino depois que passar por isso, as indecisões, o medo e a angustia batem na porta do meu pensamento que nem loucas com suposições alegres e desastrosas do futuro e eu desejo que o livro não tivesse acabado ainda. Passo a querer continuar no mundo que não é o meu, vivendo uma vida que não é minha e sofrendo com essas consequências.
Pego outro livro e recomeço o transe, e nesse momento eu desejo (novamente) que não acabe nunca, pois sei que terei que passar por tudo isso de novo e simplesmente não tenho o menor saco pra suportar os meus pensamentos deprimentes, principalmente depois de um dos meus livros de amorzinho, com um clima tão bom. As vezes é melhor não ficar só com meus pensamentos....mas não é como se eu tivesse alguma escolha.